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Hormônio da gordura abdominal pode favorecer Alzheimer, diz estudo

Adiponectina poderia causar outras formas de demência em mulheres. Número de pessoas com a doença no mundo deve dobrar em 20 anos.

Um hormônio derivado da gordura abdominal pode favorecer o mal de Alzheimer e outras formas de demência em mulheres, sugere um novo estudo publicado na edição online da revista “Archives of Neurology”.

Segundo os autores da Universidade Tufts, em Boston, EUA, dados mostram uma associação entre a resistência à insulina, característica da diabetes tipo 2, e o desenvolvimento de demência.
Esse aumento da adiponectina nos pacientes poderia ser, portanto, uma resposta a danos vasculares ou a mudanças na morfologia cerebral ocorridas com o tempo. Para concluir qual a explicação correta para o aumento desse hormônio no sangue, são necessários estudos genéticos adicionais, apontam os autores.Esse hormônio, chamado adiponectina, aumenta a sensibilidade do corpo à insulina, tem propriedades anti-inflamatórias e desempenha um papel no metabolismo da glicose e de lipídios. Como há uma melhora na sensibilidade à insulina, os estudiosos esperavam que um maior nível da substância no sangue protegesse o cérebro contra a perda cognitiva, mas as informações sugerem exatamente o contrário: quanto maiores as taxas de adiponectina, maior o risco de doenças degenerativas.
Os pesquisadores analisaram informações sobre os níveis de glicose, insulina e outras substâncias no plasma sanguíneo de 840 pacientes (541 mulheres, com idade média de 76 anos, e 299 homens), examinados entre 1985 e 1988 segundo o método de avaliação cardíaca de Framingham.
Os participantes foram acompanhados por cerca de 13 anos e avaliados em busca de sinais de desenvolvimento da Alzheimer e outras formas de demência. Nesse período, 159 pessoas tiveram demência, incluindo 125 casos de Alzheimer, o tipo mais comum da doença (80% dos casos).
Após uma análise de outros fatores de risco (como idade, genes, peso e plasma), apenas a adiponectina em mulheres foi associada a um risco aumentado de demência e Alzheimer. De acordo com os cientistas, esse hormônio pode ser no futuro um alvo terapêutico para o tratamento da diabetes tipo 2.
Estima-se que o número de indivíduos com demência no mundo – 36 milhões – dobre nos próximos 20 anos.
Fonte G1- São Paulo
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